Mensagem de passeio

Um pequeno curso de água molha um ser sentado. Vem de encontro a ele depois da sua mansa fúria trespassar este passeio vivido , como se nunca o tivesse feito. 

 Tem cuidado e não Ignores Nenhum passado! Imagina um sem Numero de Hipóteses para fazeres dele o teu  Orgulho.

Deambulo,

Saio de casa, são quatro da manhã. Chove. Porque infelizmente chuva é algo que não (me) tem faltado! Desço à avenida e está fria e sem cor. Continua a chover... Cada gota vem, vem  para limpar dela as recordações do que não viu, de que não viveu... Mas que fará ela (chuva) às vividas!?

Ó, nisso é melhor nem pensar... porque pensar incomoda! Tanto quanto andar à chuva...

Cão temeroso.

* Uma coisa me distingue do meu animal de estimação. Outro dia, ele feriu-se com um ferro e desde então sempre que passa perto de um objecto de ferro, ou que tenha algumas semelhanças, tem receio em se aproximar.

Infelizmente, sou um pouco assim. Sei que devo mudar, dar-me mais! Conseguirei!? , tudo tem o seu tempo...

Haverá tempo!? , diz(-me) que sim .

"E amanhã não seremos o que fomos, nem o que somos"

Choro quando ando à chuva. Para chorar basta sentir, basta viver. Para andar à chuva basta ter esperança , basta sonhar. 

*prefiro deixar o guarda-chuva em casa, porque cada gosta que em mim escorregar levará consigo a triste mágoa do velho tempo que mudará.

Desejos de desejar.

"Perco o desejo do que procuro ao procurar o que desejo."

Desejos são algo que me irritam profundamente. Não pelo desejo. Não porque irão ser maus para mim ou para alguém. Mas sim porque não são concretizáveis. Não os realizo nem poderei realizar.

*"porque nem sempre temos o que desejamos e muito menos desejamos o que temos"

We, friends.

Quando te tenho gosto de (me) ver neste espelho!

"Não há prazer comparável ao de encontrar um velho amigo, a não ser o de fazer um novo."

Ou usas!?

"Já que me usas... usas-me bem, sim? ;)"

*sabedoria popular, frase de um ser rústico.

Sou assim!

Sou teimoso. Assumo-me e aceito-me como tal. Não gosto de dar o braço a torcer enquanto em mim residir um pouco de esperança da minha certeza. Não me tento explicar porque aí estaria a dar o primeiro passo para ser “torcido”. Tenho um feitio esquisito! Não sei se tenho que mudar e muito menos sei se a vida se encarregará de o mudar. Mas este, presentemente, sou o eu que temos! Sou assim.

Não sei se vou lá chegar. “Às vezes eu fico imóvel”

Apenas folha!?

Peguei numa folha de papel branca, lisa e sem qualquer amachucadela. Depois olhei de cima, de frente, de lado, e Em tudo me parecia normal. Idêntica a tantas outras. Era sem duvida alguma uma mera folha! Frustrado com tanta semelhança amarrotei-a.

*Agora, por mais que tente, não consigo que fique igual.

Conseguirei !?

"Não há quem sustente uma luta mais árdua do que aquele que se tenta controlar a si próprio(e os seus desejos)."Kempis

É tão difícil o auto controle!

Rumo à nova "Índia"

Durante muito tempo recusava as sensações! Recusava mergulhar nesta onda que forma a vida! Era algo que me irritava! Nunca conseguia controlar o mergulho. Ou era a respiração que faltava ou era a água que me afogava. “E, fora da sua água, qualquer peixe se afoga”. Eu não queira isso! Eu queria mergulhar sem ser de cabeça e, claro, sem ser nas águas do Bojador.

"Quem quer passar além do Bojador/ Tem que passar além da dor!"

Faço-o (ou não).

Faço-o, sim. Não sei se por comodismo ou se por altruísmo. Entre um e outro apenas existe uma linha fina. Tão fina que chega a parecer que não existe. E ao mesmo tempo que o faço esqueço o que não faço com pena de não o fazer. Mas O que importa é que: faço! 

Não basta!? 

Destino!?

Cada um de nós tem um caminho a seguir. Uma direcção a tomar. Um trilho a percorrer por mais difícil que seja. E eu não sou diferente! Eu também terei que escolher e percorrer esse caminho. Sim porque sei que haverá um caminho pelo qual tenho de passar. Sei que terá de haver uma bússola certa para me guiar!  

* "Não  quero ir por atalhos, quero seguir o caminho que Tu preparaste para mim!"

Crente mas discernido!

Eu sou crente! Creio em Deus! E acredito que Ele nos deu, sabiamente, muitos dons. O dom de agirmos no tempo certo. O dom de termos/sermos amigos. O dom de sentirmos. O dom de pensarmos. O dom de ouvirmos e claro o dom de falarmos. Contudo não entendo, juro que não, porque é que existem alguns iluminados. Alguns a quem, pelos vistos, Deus deu mais um dom, o de serem mestres na arte de deturpar, de iludirem (-se)! 

*Dá-nos Senhor o dom do discernimento! 

Tu tens que dar um pouco mais !!

Estou cansado! Cansa-me a rotina que ainda não veio. Cansam-me as pessoas que ainda não vi. Cansam-me as mensagens que recebi. Cansa-me a matéria que ainda não dei. Cansa-me a cidade que ainda não me viu. Cansam-me as ruas que não percorri. Cansam-me as ideias, ainda que poucas, que não se formam. Infelizmente sou um misto de cansaços descansados que resultam da busca incessante dos porquês.

*A esperança é a maior das forças humanas! 

Afinal  existe o desespero!

Bora tentar!?

Se ela consegui porque não tentar!? Basta de sermos o que querem que sejamos! 

Pintas!?

Não sei quem sou nem pra onde vou. Renego um passado, não procuro um futuro e tento viver. Este presente imperfeito que tantas e tantas vezes choca com um passado inacabado e um futuro rabiscado. Apenas desejo que sejas o meu aglutinante que, comigo, tinjas esta tela imperfeita de mim. Não sou grande pintor, confesso. Anima-te com as manchas e as borratadas nas pinturas pois " todo o erro se converte em arte" se feito por nós , artistas.

*Nenhum passado é crime, nenhum futuro é lei .

Encontra-te entre a cor do vento e o barulho do céu azul!

     Este foi o desafio que me foi feito já há algum tempo. Nunca o tinha entendido. Pensava e pensava bastante nele. O que me quereriam ter dito com este paradoxo!? Porque me disseram aquilo a mim!?

     Durante muito tempo tentei, juro que tentei, encontrar-me. Puder dizer eu sou isto\aquilo! Durante esse longo palmilhar de mim mesmo e, vários foram os "cajados" em que me apoiei, nada consegui. A peregrinação rumo à auto descoberta era infrutífera. Até que parei. Parei sem mais forças, havia-me esquecido da concha. E só quando parei e me apercebi que afinal já me encontrava na Finisterra, local onde a cor do vento é magnifica e o barulho do céu é uma balada.

*encontro me no confronto entre a cor do vento e o barulho do azul céu"